O conceito ESG e expresso sob a forma de sigla em que cada letra em inglês informa:
Enviromental = Ambiente;
Social = Social;
Governace = Governança.
Podemos chamar, também, por ASG, no velho e bom português.
ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2005, proveniente de uma Conferência, chamada “Who Cares Wins” (Quem se preocupa, ganha), quando 20 instituições financeiras de 9 países diferentes – incluindo o Brasil – se reuniram para desenvolver diretrizes sobre ambiente, sociedade e governança, concluindo-se que existe maior sustentabilidade e resultados quando adotadas boas práticas nos modelos de gestão ambiental, social e de governança.
Os objetivos do ESG são:
1)Buscar o desenvolvimento sustentável, em harmonia com o meio ambiente;
2)Desenvolver a relação com o meio social, junto de colaboradores e consumidores;
3)Garantir os direitos dos acionistas, com regras de compliance e de governança.
Repare que esses objetivos indicam mais uma vez que uma gestão vencedora sempre estará voltada para o conjunto de partes interessadas e não apenas para a execução de atividades econômicas.
Tudo o que desejamos, em nossos condomínios, é a satisfação de dessas partes interessadas: condôminos, colaboradores, fornecedores, vizinhos, sociedade e meio ambiente.
Para nos valermos dos conceitos do ESG e dessas premissas na aplicação prática condominial, podemos exemplificar:
A letra E da sigla se refere à conservação do meio-ambiente e a atuação do condomínio em relação a:
Aquecimento global e emissão de carbono:
Parece ser um tópico que nada tem a ver com condomínios, mas observe o que economia.uol.com.br publicou.
‘Edifícios modernos também contribuem para aquecimento global.
… No arranha-céu Shard em Londres, as estruturas modernas são feitas de cimento e aço. E, embora esses materiais possam parecer benignos, cada um deles envolve processos químicos que liberam toneladas de dióxido de carbono além da energia que consomem.
Um exemplo disso é o Leadenhall Building, no distrito financeiro de Londres, conhecido por sua silhueta de ralador de queijo. A construção do edifício exigiu a emissão de 92.210 toneladas de carbono, disse o conselho em relatório citando dados da construtora britânica British Land. O volume é equivalente à emissão anual de 20 mil carros. Cerca de 60% desse total veio do aço e cimento.’
Poluição do ar e da água:
Exemplos de boas práticas que devem ser adotadas nos condomínios, cotadas pela fonte Condomínio sustentável
Evitar o desperdício e acumulação de lixo;
Optar por material biodegradável;
Promover e adotar reciclagem;
Promover a educação ambiental;
Utilizar transportes públicos, deslocar-se de bicicleta ou caminhar;
Tratamento do esgoto. Grande atenção com ETEs (Estações de tratamento de esgoto)
Testes de qualidade da água no condomínio
Se a caixa d’água não for limpa periodicamente, sem dúvida, as chances de proliferação de bactérias aumentam. Elas, certamente, são a principal causa de doenças, especialmente gastrointestinais.
É comum que a contaminação ocorra quando o líquido está armazenado em reservatórios. Para evitar o risco, a Vigilância Sanitária recomenda teste de qualidade da água no condomínio a cada seis meses.
O teste tem que ser feito por uma empresa credenciada pelo órgão de vigilância.
Água da piscina – O teste de qualidade precisa ser mensal. É preciso providenciar testes de laboratório.
Água de piscina fica exposta a uma série de perigos. Fica sujeita a poluição, por exemplo. Certamente, limpar o entorno é um procedimento importante, porque impede que elementos como galhos e folhas caiam na água. O teste realizado em laboratório certamente passa por diversas análises que, sem dúvida, permitem observar a presença de elementos nocivos à saúde humana: as bactérias.
Fonte: ASC Service.
Eficiência energética:
Painéis solares fotovoltaicos;
iluminação natural;
quintais permeáveis;
coleta da água da chuva;
reaproveitamento de resíduos;
utilização de pavimentação permeável.
As construtoras já estão de olho nisso e estão procurando lançar empreendimentos bem mais sustentáveis.
O IPTU verde pode ser concedido para novas construções e para reformas.
Reaproveitamento da Águas:
Mais simples de aplicar no seu condomínio é aproveitar a água da chuva e criar uma estrutura com captação com reservatórios e para os seguintes fins: limpeza das garagens, calçadas.
Além disso, existe um projeto de lei no senado que poderá tornar obrigatório isso no condomínio.
Fonte: Odirley Rocha
Gestão de resíduos:
Você sabia que 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram geradas em todo o mundo em 2019, segundo The Global E-waste Monitor 2020 da ONU e só em São Paulo estima-se que é gerado por dia em torno de 130 toneladas desse tipo de lixo. Que tipo de lixo são esses:
rádios;
fontes ou baterias;
celulares ou notebooks;
televisores ou monitores.
S (social, em inglês e português)
Já a letra S diz respeito à relação de uma entidade, podendo ser um condomínio, com as pessoas que fazem parte do seu universo. Por exemplo:
Satisfação dos clientes;
Proteção de dados e privacidade;
Diversidade da equipe;
Engajamento dos funcionários;
Relacionamento com a comunidade;
Respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas.
G (governance, em inglês, ou governança, em português)
Por fim, a letra G se refere à administração condominial. Por exemplo:
Colegiado diretivo e harmônico formado pelo Sindico e Conselho fiscal;
Estrutura do comitê de obras, projetos especiais;
Conduta corporativa;
Relação com entidades do governo e organizações civis;
Publicação na página do condomínio dos contratos firmados, licitações e mapas de tomadas de preços.