Verão x temporada de chuvas: elevador parou, e agora?

O verão brasileiro apresenta um paradoxo para os condomínios: dias ensolarados e calor intenso convivem com tempestades severas, quedas de energia e alagamentos repentinos, como o ocorrido no último dia 28/11 (sexta-feira) na cidade do Rio de Janeiro. Esse cenário aumenta significativamente o risco de falhas em elevadores, um dos equipamentos mais sensíveis à instabilidade elétrica e à infiltração. Quando um elevador para durante uma chuva forte, o impacto vai muito além do transtorno — envolve segurança, responsabilidade legal e protocolos obrigatórios.

 

As causas mais comuns para panes no verão incluem curto-circuito provocados por oscilações na rede elétrica, entrada de água em casas de máquinas mal vedadas, falhas em bombas de drenagem e o desligamento automático do equipamento como mecanismo de proteção. Quando um elevador para com passageiros dentro, a primeira orientação é clara: ninguém, além da empresa de manutenção habilitada, pode executar o resgate. Tentativas por colaboradores ou moradores, colocam vidas em risco e podem agravar danos no sistema. A equipe do condomínio deve acalmar os ocupantes por meio do interfone, informar que a assistência está a caminho e acompanhar o processo externamente.

 

A prevenção é o ponto central da boa gestão no período chuvoso. A manutenção preditiva deve ser intensificada entre novembro e março (mas isso não isenta a necessidade de prevenção durante todo o ano), com inspeções nas casas de máquinas, verificação de vedação, teste de nobreaks e geradores, e revisão das instalações elétricas. Condomínios em áreas sujeitas a enchentes precisam investir em barreiras hidráulicas, comportas, bombas de recalque extras e sistemas de alerta meteorológico. Além disso, ter contratos de manutenção com plantão 24h é crucial nessa época do ano. Preparação técnica e protocolos claros reduzem riscos, agilizam respostas e garantem um verão mais seguro para todos.