Panorama e por que agir agora
Consumo de água e energia tende a aumentar nos períodos mais quentes por causa de aparelhos de ar-condicionado, bombas de piscina, maior banho diário e irrigação — e a projeção de aumento de demanda elétrica no Brasil requer eficiência local e planejamento (documentos do ONS e projeções setoriais mostram tendência de crescimento da carga até 2029). Já a ANA alerta para aumento do uso de água e impactos climáticos na disponibilidade hídrica em várias bacias. A gestão condominial pode reduzir custos e mitigar riscos de racionamento.

 

Medidas de eficiência energética de maior impacto (rápido retorno)

  1. Troca para LED nas áreas comuns: reduz consumo e manutenção (impacto quase imediato).

2.      Relógios e sensores de presença em escadas/corredores: evita iluminação desnecessária.

3.      Manutenção de bombas e sistemas de piscina: bombas com variador de frequência (VFD) economizam energia sensívelmente quando dimensionadas corretamente.

4.      Programas de conscientização para moradores: campanhas para reduzir tempo de chuveiro, uso racional de ar-condicionado (setpoint 24–25°C), manutenção de vedações de janelas.

Economia de água (ações práticas e técnicas)

·         Reuso de água de chuva: captar e tratar para uso em irrigação e limpeza de áreas comuns (exige projeto de cisterna e filtros; verificar legislação local).

·         Monitoramento de vazamentos: leiações periódicas em hidrômetros e inspeções na rede predial evitam perdas elevadas.

·         Irrigação eficiente: usar sensores de umidade e regar em horários de menor evaporação.

Energia solar e geração distribuída (oportunidade regulada)

·         O marco legal da micro e minigeração distribuída (Lei nº 14.300/2022) e resoluções da ANEEL (ex.: REN 1.059/2023) atualizam regras para conexão, faturamento e compensação de créditos — isso abre alternativas para condomínios instalarem painéis nas áreas comuns ou modelos compartilhados. A implantação exige aprovação em assembleia, análise técnica e contrato com fornecedor.

Modelo de projeto rápido (baixa complexidade)

·         Fase 1 (diagnóstico): consumo médio mensal das áreas comuns (3 meses), curva de carga e pontos de pico.

·         Fase 2 (simulação): projeto preliminar de PV para cobrir 30–70% da demanda de áreas comuns; estimativa de payback.

·         Fase 3 (assembleia + execução): apresentação técnica em assembleia (quórum simples em geral), contratação e instalação conforme REN/ANEEL.

Checklist de ações curtas (para aplicar já)

·         Trocar lâmpadas por LED nas áreas comuns (auditório, garagem, hall).

·         Instalar timers e sensores.

·         Revisar programador das bombas de piscina (reduzir horas de operação na baixa demanda).

·         Lançar campanha: “Desafio 10%” — metas com ranking mensal e prêmio simbólico.

Boas práticas de comunicação com moradores

·         Relatórios mensais com consumo e comparativos ano-a-ano; mostre ganhos (transparência gera adesão).

·         Dicas práticas (infográficos) e microvídeos sobre ar-condicionado, duchas e uso de eletrodomésticos.

Fontes e leitura adicional (selecionadas)

·         Estudos e projeções do ONS e EPE sobre demanda elétrica.

·         Relatórios e dados da Agência Nacional de Águas (ANA) sobre consumo e disponibilidade.

·         Resoluções ANEEL e Lei 14.300/2022 para geração distribuída.